2.11.09


SOLAS [solos no feminino]


SOLAS apresenta numa mesma temporada várias e diferentes abordagens de vozes femininas, que dialogam a solo ironicamente sobre a solidão numa cultura que se quer mediática e invulnerável.

NARCISA
Criação e encenação Ana Luena
Interpretação e co-criação Margarida Gonçalves
Desenho de Luz Eduardo Abdala – Visualight
Direcção técnica e montagem Visualight, espectáculos Lda
Produção Teatro Bruto

ANÓNIMA
Texto e direcção Miguel Cabral
Interpretação e co-criação Isabel Nunes
Música Rato54
Letras Isabel Nunes
Desenho de Luz Eduardo Abdala - Visualight
Direcção técnica e montagem Visualight, espectáculos Lda
Produção Estufa



NARCISA
a mulher clown, a mulher plástico, a pin-up, a mulher super-herói...

Narcisa, a mulher ao espelho que convoca as suas múltiplas personagens num desdobramento esquizofrénico do seus eus, como uma forma de viver e encontrar o amor. Um amor igualmente narcisista e solitário. Narcisa cria irónicamente e compulsivamente universos de fantasia quotidiana como recusa do seu regresso ao mundo real. A metamorfose operada na personagem é apresentada e explorada na representação da intérprete, sem recorrer a nenhum texto, objecto ou mudança de figurino.

Vive suspensa no seu espaço “montra” onde expõe os seus Eus que ama e odeia profundamente. Ela é a sua própria líder mas também a sua criada. O seu espelho invisível e imaginário é o público. Ela cria-se e recria-se. A solidão é o seu habitat.

ANÓNIMA

A intérprete/candidata apresenta-se como a personagem Anónima, determinada a cumprir as regras de um jogo denominado A Neurose do Sistema, onde o espectador se torna cúmplice, testemunha, júri e possível entidade patronal. O público, soberano, escolhe a sua posição.

Anónima,  insere-se no território da performance e das palavras ditas. Um trabalho que satiriza as projecções negativas do imaginário colectivo diante do mistério feminino. A mulher-demónio e bode expiatório. A mulher-monstra e a mulher feita de auto-ódio. A criminosa ignorante sem identidade, viciada pela religião. O rap da Eva. A balada da subalterna. O hino da super-boa.

1.11.09

Solas. solos no feminino
Narcisa. pelo Teatro Bruto + Anónima. pela Estufa

de qui. a sáb. às 21.45 até 14 Nov.
Fábrica Social/Fundação Escultor José Rodrigues